Em um enredo digno de um filme de comédia política, Célio Lopes (PDT), outrora um fervoroso comissionado do governo Bolsonaro, decidiu que agora é o momento perfeito para buscar apoio dos comunistas e petistas em Porto Velho.

O mesmo Célio Lopes que estava colado ao bolsonarismo como chiclete no sapato, agora está tentando convencer os partidos que ele adorava ridicularizar a apoiá-lo. Parece até piada, mas é a mais pura realidade política brasileira.
Lopes, que ocupou uma carga graças à deputada federal bolsonarista Silvia Cristina, de repente teve um “momento eureka” e resolveu que seria uma ótima ideia se aproximar do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Verde (PV). 
O desespero para a transferência de sua pré-candidatura à prefeitura de Porto Velho é tão grande que ele se uniu ao ex-senador inelegível Acir Gurgacz. 
Nada como uma aliança com alguém cuja carreira política está fora do jogo para alavancar uma campanha, não é mesmo?
Os militantes do PT e PCdoB, que dedicaram suas vidas na luta contra tudo o que Bolsonaro representa, estão, é claro, completamente escandalizados. 
“Ver alguém que nos atacou agora tentando se juntar a nós é uma traição”, disse um veterano do PT, provavelmente enquanto tentava não rir para não chorar. 
A ironia de ver um funcionário de Bolsonaro tentando fazer amizade com seus antigos inimigos é tão gritante que deveria ser proibido de ser escrito sem aviso prévio.
Os críticos apontam que a súbita mudança de postura de Lopes é um exemplo clássico de como ele navega conforme o vento. 
Quem diria que o homem que cuspia fogo contra os “comunistas” e “petralhas” até duas semanas atrás, agora estaria tentando se aconchegar com eles? É quase poético, de uma maneira trágica. 
Sua tentativa de conquistar o apoio dos antigos rivais políticos é tão risível quanto um lobo tentando se passar por ovelha durante a ceia de Natal.
Enquanto isso, os apoiadores do ex-presidente Bolsonaro estão se sentindo traídos (de novo). 
“As pessoas que se beneficiaram do governo Bolsonaro viraram as costas e buscaram alianças oportunistas enfraquecendo a confiança no movimento”, disse um analista, enquanto o político tentava não engasgar de tanto rir. 
A hipocrisia de alguém que alegava defender uma causa, mas muda de lado tão rapidamente quanto a troca de camisa, é realmente digna de um prêmio.
Então aqui estamos, assistindo a pré-candidatura de Célio Lopes à prefeitura de Porto Velho se transformar em um verdadeiro circo. 
Repleta de controvérsias e desconfiança, sua campanha é mais para um show de horrores do que para uma tentativa séria de liderança política. 
E assim, o teatro da política brasileira continua, com alianças tão voláteis quanto ao humor de uma diva. Como essa história
acabará?
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