Em mais um épico desdobramento da novela sem fim do lixo em Porto Velho, a PGE e o MP, armados de uma paciência divina e de um sarcasmo que faria qualquer roteirista invejar, voltaram a bater na mesma tecla: a Prefeitura não é apenas desleal, é praticamente a campeã mundial de fazer vista grossa aos acórdãos do TCE/RO.
E, como se fosse uma reviravolta surpreendente — só que não —, eles pediram, mais uma vez, a tal da liminar. Porque repetir pedidos básicos, aparentemente, é um esporte local.
Na visão do MP e da PGE, a inicial — que, vamos ser honestos, deveria estar esculpida em pedra de tão clara — já deixava mais que evidente: continuar com o show do Contrato nº 019/PGM/2024 é um ônus que só quem tem uma criatividade muito peculiar ousaria carregar. E aquela tentativazinha de dar uma retocada com um aditivo?
Bom, é como passar perfume em lixo: não muda nada e só acentua a bagunça. A urgência de analisar o pedido de liminar continua lá, como uma placa neon piscando em Vegas, mas quem se importa, não é mesmo?
Ah, e os acórdãos do TCE — esses adoráveis lembretes de que a burocracia tem suas regras — sugerem o reinício do processo de contratação com ajustes no Projeto Básico e no Edital, para ao menos fingir que existe uma concorrência justa.
Mas, claro, a Prefeitura pensou: “Concorrência? Que conceito radical!”. Então, manter o contrato com um aditivo é basicamente um convite para que o TCE/RO venha com suas varinhas mágicas distribuir puxões de orelha e, quem sabe, uma edição extra de “Como Torrar Dinheiro Público e Ser Responsabilizado”.
E agora vem o grande momento: o pedido de nova audiência — porque repetição de cenas é o que faz a novela andar, certo? Mas os Autores, provavelmente exaustos de dançar a valsa com o Município, decidiram ser bem diretos: não, obrigado.
Não estão minimamente interessados em mais uma rodada de conversa vazia. Afinal, quando se tem uma postura tão contraditória e desleal como a da Prefeitura, já registrada com todos os brilhos e detalhes no Id. 110313892, quem precisa de mais uma sessão de teatro?
E assim seguimos, com Porto Velho se superando na produção de um drama que mistura comédia e tragédia em doses generosas. Próximo capítulo: a Prefei-dramaturgia do lixo.
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